Eu sempre preferi estudar com livros.
E tenho 0 preocupação em manter o livro intacto, pelo contrário: uso canetas marca-texto, post-its e faço anotações à lápis nas páginas também.
Mas, com o tempo eu percebi que isso não era suficiente para que eu realmente conseguisse reter o que eu estava estudando, e menos ainda para colocar em prática.
Então comecei a fazer resumos dos capítulos usando o bom e velho papel e caneta. Isso foi útil durante um tempo, até eu me dar conta de uma coisa:
Eu não voltava para consultar essas anotações e (de novo) tentar colocar em prática. Isso me gerou uma frustração: eu estava lendo sem aprender e sem praticar.
E aí a minha ficha caiu... Eu estava estudando de um jeito preguiçoso.
Tudo o que eu fazia era ler e fazer marcações, mas esquecia tudo depois que fechava o livro.
Como o ambiente é um potencializador de hábitos e o senhor meu namorado é um estudioso admirável, passei um tempo observando como ele estuda para então começar a imitá-lo.
(P.S.: o Raphael tem umas 975342 milhares de notas de estudos organizadas por tópicos e etiquetas no Capacities, ele chegou no que eu considero um “nível hard de estudar”: usando as próprias notas. Ah e ele também escreve uma newsletter, vou deixar no final dessa edição).
Passei um tempinho observando e perguntando coisas sobre como ele estuda e comecei a comparar com a forma que eu fazia até então (sim amigos, comparação é saudável, desde que você se compare com as pessoas certas).
Esses são os 3 erros que eu percebi que estava cometendo durante as minhas leituras:
ao finalizar a leitura eu não revisitava o livro nem as anotações do caderno para revisar o que aprendi
sem contato com as informações, eu não era capaz de extrair novas ideias a partir do conhecimento adquirido com o livro.
mesmo durante ou após concluir a leitura, eu não me preocupava em trazer aquele aprendizado para o mundo real (com exemplos ou ações).
Ou seja, eu não estudava com os livros, eu lia apenas por hábito e não por aprendizado.
Hoje eu vejo quanto esses erros me impediram de extrair o máximo de conhecimento de vários livros que eu já li (alguns até pretendo reler para fazer um resumo decente).
Mas como sempre há tempo para melhorar…
Ao identificar esses erros eu comecei a buscar soluções práticas para corrigir. Ainda há muito a ser melhorado para que eu chegue no “nível hard de estudar”, mas essas 03 são um ótimo começo:
parei de fazer anotações no caderno e comecei a usar um espaço dedicado a gestão desse conhecimento (uso o Capacities, por influência do carinha que eu mencionei nessa Peça).
ao terminar cada capítulo, eu faço um resumo no aplicativo, explicando com as minhas palavras e sempre trazendo exemplos do cotidiano ou ações para colocar em prática.
programei 30 minutos diários para revisitar essas anotações: seja resumindo ou relendo o que já escrevi, para ter ideias de conteúdo (essa News, por exemplo, surgiu enquanto eu resumia um capítulo do livro Contágio, de Jonah Berger).
Eu comecei essas novas práticas de estudos há algumas semanas e já senti um impacto na forma que eu retenho e aplico o conhecimento:
comecei a ter ideias de conteúdo com mais facilidade
usar exemplos cotidianos são ótimos conectores para lembrar o que estudei
estou escolhendo melhor as minhas leituras de acordo com os assuntos
Talvez você esteja cometendo o mesmo erro que eu, então te convido a analisar:
você está estudando de verdade ou apenas lendo?
você revisita suas anotações ou elas estão perdidas em algum caderno por aí?
você está trazendo seu conhecimento e aprendizados para a vida real?
Se as suas respostas para essas perguntas te causaram incômodo (e até certa culpa), recalcule a rota e busque a mudança, começando pelo que aprendeu nessa newsletter.
Lembre-se: Sempre há tempo para melhorar.
Excelente!
Ótima sugestão! Eu comecei a fazer apresentação no Canva resumindo o livro. Dá trabalho, mas para livros mais corporativos acaba até virando repertório futuro.